segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Ministério é o Exercício do Nosso Dom


Ministério é o Exercício do Nosso Dom

Na Escritura, dons são “manifestações espirituais” no corpo de Cristo e são dados para edificação espiritual dos membros do corpo (1 Co 12:1, 14:1). Ministério é simplesmente o exercício do dom de uma pessoa (1 Pe 4:10-11). Algumas pessoas dizem terem sido “chamadas ao ministério”. Sabemos o que querem dizer; eles se sentem levados a buscar a ocupação de um clérigo, e se matriculam em um seminário para serem treinados para aquela posição numa igreja denominacional. Mas no sentido bíblico da palavra, todos fomos “chamados ao ministério”. Já que todos temos um dom, todos deveríamos ministrar de uma maneira ou de outra.
É triste dizer, muitos Cristãos hoje em dia foram levados a crer que o pregador é o único no seu grupo da igreja que tem um dom espiritual. Portanto, eles nem sequer consideraram qual possa ser o seu dom. Porém, no Cristianismo normal, cada membro do corpo de Cristo tem algo a fazer. Não há zangãos na colmeia de Deus. O Senhor disse, “a cada um o seu trabalho” (Mc 13:34 – TB). Ele gostaria que todos nos exercitássemos sobre o que deveríamos estar fazendo por Ele. De nossa parte é necessário:
1) Descobrir nosso dom. Isto se tornará evidente por meio da devoção ao Senhor. J. N. Darby disse, “Se houvesse mais devoção, haveria mais dons entre nós”. Ele não quis dizer que dons espirituais são dados como resultado da devoção de uma pessoa ao Senhor, mas que se houvesse mais devoção em nossa vida, nosso dom espiritual se tornaria evidente.
2) Diligência em aprender a verdade. Isto também é importante porque temos que ter alguma substância espiritual para comunicar aos outros quando estivermos exercitando nosso dom. Uma pessoa pode ter o dom de doutor, mas se ele não foi instruído na verdade, não será de muita ajuda.
3) Desenvolvimento do nosso dom. Temos que ter fé para ir em frente e exercitar nosso dom nas oportunidades dadas a nós, de forma que ele se desenvolva e nossa efetividade no serviço cresça.
4) Dependência do Senhor no exercício do nosso dom. O exercício do nosso dom precisa ser realizado sob o senhorio de Cristo e sob Sua orientação e direção – para aonde ir, o que fazer e o que dizer.
Paulo disse a Timóteo, “Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos” (2 Tm 1:6). Isto mostra que precisamos ser despertados em relação ao uso do nosso dom. Arquipo foi advertido por não estar cumprindo seu ministério (Cl 4:17). Se formos jovens não deveríamos estar demasiadamente ocupados em descobrir qual é nosso dom, mas simplesmente procurar fazer o que vem às nossas mãos. No tempo certo, ficará evidente qual é nosso dom. Podemos ir ao Senhor com a simples oração de Saulo de Tarso, “Senhor, que queres que faça?” (At 9:6, 22:10). Há muito a ser feito em Sua vinha e Ele tem algo para cada um de nós fazer. A Escritura diz, “dediquemo-nos ao nosso ministério [ocupemo-nos no serviço – JND] (Rm 12:7 – TB). Os Levitas – os servos no tabernáculo – tinham de ir a Aarão, o sumo sacerdote e ele indicaria a cada homem “seu serviço” e “sua carga” (Nm 4:19 - TB). Igualmente, se formos ao Senhor, nosso Sumo Sacerdote, Ele nos dará nossa “obra” e nossa “carga” (Gl 6:4-5).
É também importante entender que nem todos os dons são para ministério da Palavra. Alguns dons não são nem mesmo para serem exercitados em público. Romanos 12:4-8 indica isto: “Pois assim como temos muitos membros em um só corpo, e todos os membros não têm a mesma função; assim nós, sendo muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. Tendo dons diferentes segundo a graça que nos foi dada: se é profecia, profetizemos segundo a proporção da nossa fé; se é ministério, dediquemo-nos ao nosso ministério; ou o que ensina, dedique-se ao seu ensino; ou o que exorta, à sua exortação; o que reparte, faça-o com simplicidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria” (TB). Há sete dons listados aqui, mas os últimos três são de natureza privada, e não têm nada a ver com ministrar a Palavra publicamente, e, além disso, não devem ser exercitados nas reuniões da assembleia.

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