segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O “Um Corpo” Na Prática - O Partimento do Pão


O “Um Corpo” Na Prática


Vemos na Escritura várias maneiras pelas quais o corpo de Cristo deve manifestar sua unidade. Isto pode ser visto nas seguintes coisas:

O Partimento do Pão


A maneira mais simples pela qual os crentes podem expressar que eles são parte do “um corpo” é participando do “único pão” no partimento do pão. Ao partimos o pão na ceia do Senhor estamos confessando o fato de que somos membros do “um corpo”. Paulo disse, “O pão que [nós] partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Pois nós, que somos muitos, somos um só pão, um só corpo; porque todos [nós] participamos do único pão” (1 Co 10:16-17 – TB). Talvez haja um pão sendo comido em muitas assembleias onde quer que os santos sejam encontrados reunidos na Terra, mas a Escritura vê todas as assembleias participando do “único pão”. Paulo disse, “nós” – incluindo-se a si mesmo com os Coríntios, mesmo eles estando em diferentes localidades. Isto mostra que o ato de partir o pão é a confissão do fato universal de que todos os santos fazem parte desse “um corpo”.

Caminhar Como é Digno de Nossa Vocação é Expressar Praticamente que Somos “Um Corpo”

Especialmente as epístolas aos Efésios e Colossenses revelam a verdade do “grande Mistério” de Cristo e a Igreja, que é Seu corpo. A primeira exortação prática na epístola aos Efésios é que andassem “como é digno da vocação” com a qual eles foram chamados (Ef 4:1). E podemos perguntar como os membros do corpo fazem para “andar como é digno da vocação”? Alguns podem dizer que eles devem fazê-lo vivendo corretamente, como bons cidadãos na comunidade, mas esse não é o ponto dessa passagem da Escritura. Cristãos obviamente deveriam estar preocupados em andar em retidão diante do mundo, mas o contexto dessa passagem indica que a exortação “andar como é digno” da vocação é em vista da revelação do Mistério de Cristo e de Sua Igreja – o corpo, o qual Paulo apresentou no capítulo 3. Enquanto ordena aos santos que andem dignos de sua vocação, ele acrescenta “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo” (Ef 4:2-5). Fica claro, portanto, que a Igreja deve andar digna da vocação do seu chamado, colocando em prática a verdade de que é “um corpo”.
Não somos chamados a manter a unidade do corpo, mas sim, “a unidade do Espírito”. Não há exortação na Escritura para os Cristãos manterem a unidade do corpo porque isto é algo vital que Deus mesmo mantém. Isto é o que Ele formou no Pentecostes, unindo os membros do corpo junto a Cristo, a Cabeça no céu, por meio da habitação do Espírito – corpo esse do qual agora somos parte por meio do selo do Espírito (Ef 1:13). Nenhum poder ou inimigo pode quebrar a unidade do corpo; ela é tão forte quanto nosso vínculo em Cristo na salvação. “A unidade do Espírito”, no entanto, é uma unidade prática entre os crentes, a qual somos responsáveis por manter, e é nosso privilégio fazê-lo. O que é então a unidade do Espírito? F. G. Patterson disse, “Manter a unidade do Espírito é se esforçar em manter na prática o que existe de fato”. E o que existe de fato? A passagem segue e nos diz: “há um só corpo”. Outra pessoa disse que a unidade do Espírito é “aquilo que o Espírito está formando para dar uma verdadeira expressão à verdade do um corpo”. Concluímos, portanto, que os Cristãos devem andar dignos da vocação do seu chamado colocando em prática a verdade de que eles são “um corpo”. Esta é a primeira grande responsabilidade coletiva da Igreja. E é a mente de Deus que esta unidade seja expressada universalmente – independentemente de onde esteja o corpo na Terra. Esta unidade não poderia ser meramente algo local porque o corpo não está numa localidade.
Para ajudar os membros do corpo de Cristo a andarem juntos em unidade prática, Efésios 4 nos diz que Cristo, a Cabeça do corpo que subiu ao céu, fez provisão completa aos membros para tal fim (Ef 4:7-16). Ele deu “dons” à Igreja com o propósito de ajudar os santos a entender seus privilégios e responsabilidades no corpo, para que eles andassem dignos da vocação a que foram chamados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário