segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

O Remanescente em Israel


O Remanescente em Israel

No caso de Israel, o grande desejo do Senhor era que todos os filhos de Israel estivessem juntos em um lugar para oferecer seus sacrifícios e adoração. Ele colocou lá “Seu Nome” e “Sua habitação”, e disse ao Seu povo, “e ali vireis” (Dt 12:1-16, 16:16). O lugar, sabemos, era Jerusalém (1 Rs 8:1, 29, 9:3, 11:32, 14:21, 15:4; 2 Rs 21:4, 7; Sl 132:13-14). Este era o grande desejo do Senhor para todos os filhos de Israel a quem Ele havia resgatado do Egito.
À medida que sua história se desenrola na Terra, vemos que os filhos de Israel abandonaram o Senhor e adoraram os deuses das nações pagãs. Isso é verdadeiro tanto para o rei quanto para o povo (1 Rs 11:9-11, 33). Assim, a nação se corrompeu e fracassou em manter um testemunho fiel do único Deus verdadeiro diante do mundo. Como consequência, o Senhor afastou muitos do Seu povo (a massa) de estarem conectados com Seu testemunho em Jerusalém. Ele fez com que dez das tribos de Israel fossem levadas (1 Rs 11:29-36). Quando o rei Roboão tentou recuperá-las, o Senhor interveio por meio de um profeta e disse-lhe que desistisse, porque vinha “do Senhor” que as dez tribos fossem levadas (1 Rs 12:15, 24). Foi uma ação governamental de Deus.
Como Israel se entregou à adoração dos deuses dos pagãos, o Senhor não poderia mais associar-Se com eles no poder e glória como fizera durante o reinado de Davi e Salomão. As nações em torno de Israel teriam recebido um falso testemunho de Jeová. Os caminhos do Senhor foram tais que Ele manteria Seu testemunho em Israel dali em diante por um “resto (remanescente) (1 Rs 12:23). Ele fez “uma tribo” permanecer e ser “a luz” diante d’Ele (1 Rs 11:13, 29-36, 12:20).
O povo sob o líder rebelde (Jeroboão) foi levado à divisão. Subir à Jerusalém (o centro de Deus para sacrifício e adoração) teve o efeito de unir as tribos de Israel (1 Rs 12:27). Jeroboão estabeleceu outros lugares de adoração por invenção própria, para que o povo se reunisse após ele em divisão (1 Rs 12:25-33). Assim, ele solidificou a divisão em Israel, que permaneceu por toda a sua história. Isto foi “um grande pecado” (2 Rs 17:21), e não será curado até depois da vinda do Senhor – Sua Aparição (Ez 37:15-28; Is 11:13).
Desse tempo em diante, Deus escolheu ter apenas um testemunho remanescente em Israel. Naquele momento “Lo-Ami” (que significa “não Meu povo”) foi escrito sobre as dez tribos (Os 1:9). Assim, Ele publicamente Se dissociou deles quando partiram de Jerusalém. Ao longo da história das dez tribos encontramos que Deus não Se identificaria publicamente com a posição deles. Em mais de uma ocasião somos relembrados do solene fato de que “o Senhor não é com Israel [as dez tribos] (2 Cr 25:7). Ele não Se identificaria com eles, porque fazendo isto, estaria sendo conivente com a posição deles de separação (2 Cr 13:12; 2 Rs 17:20-21). Enquanto o Senhor não Se identificou publicamente com a posição dividida deles, ainda assim agiu em misericórdia em seu meio com profetas e manifestações do Seu poder em graça. Profetas como Elias procuraram chamá-los para que retornassem ao Senhor em Jerusalém, e alguns retornaram (2 Cr 11:13-17, 30:11). O Senhor ainda os amava e cuidava deles, mas não podia Se identificar publicamente com a posição dividida deles.

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