Número Nove - Uma
Assembleia Bíblica se Reunirá no Terreno de o “Um
Corpo” e Praticará Esta Verdade Com Outras Assembleias Que Estão Similarmente
Reunidas
Na
procura por uma assembleia bíblica, também precisamos ver que uma assembleia
que se reúne de acordo com a Palavra de Deus não é uma “ilha” sozinha no mar da
profissão Cristã. Não há na Escritura algo como uma assembleia local sendo
independente – funcionando autonomamente. Uma assembleia bíblica estará reunida
no terreno de o “um corpo” de
Cristo, e praticará esta verdade com outras assembleias que estão similarmente
reunidas nesse terreno (1 Co 12:12-27; Ef 4:1-4).
É
triste dizer, mas a Igreja se afastou muito disto. Em vez de reunir-se no
terreno de o “um corpo”, se reúne em
várias linhas de divisões de acordo com:
- Distinções nacionais – isto é, a igreja da Inglaterra, a igreja da Escócia, Holandesa Reformada, etc.
- Certas ordenanças e doutrinas – isto é, Batista, Anabatista etc.
- Formas de direção da igreja – isto é, Episcopal (dirigida por meio de um sistema de bispos), Presbiteriana (dirigida por um sistema de anciãos e ministros), Congregacionalista (dirigida por meio de voto da congregação), etc.
- Um homem dotado – isto é, Luther (Luterana), Menno Simons (Menonita), John Wesley (Metodista) etc.
Esses
partidos sectários tornam a comunhão da Igreja algo mais amplo ou mais restrito
do que a Escritura indica. Por exemplo, as igrejas nacionais aceitam em sua
comunhão todos os que são de uma determinada nação, independentemente de serem
salvos ou não. Uma pessoa é Cristianizada (batizada) no nascimento e se torna
parte dessa organização da igreja. Mas a Bíblia indica que a Igreja é composta
somente por crentes verdadeiros, e “a
mesa do Senhor” (símbolo do verdadeiro terreno de comunhão Cristã onde a
autoridade do Senhor é reconhecida) é somente para membros do corpo de Cristo
(1 Co 10:16-17). Os bebês e os crentes meramente professos (não nascidos de
Deus) não têm um lugar nesta comunhão. Por outro lado, as igrejas evangélicas
limitam a comunhão da igreja a algo menor do que os membros do corpo de Cristo.
Não é suficiente a pessoa ser um Cristão; ele deve ser um membro desta
particular organização de igreja. Isso é sectarismo. Se alguém deseja fazer
parte das funções dessa sua igreja, ele deve se juntar oficialmente a sua
comunhão, mas ao fazê-lo, ele se separa de outros Cristãos em comunhão com
outras igrejas. Porque se uma pessoa escolhe se tornar batista, então ele não
pode ser presbiteriano. Sua comunhão e atividades na igreja estão restritas aos
batistas. Assim, o terreno de tal comunhão é menor do que o corpo de Cristo.
Ambos esses princípios de reunião não estão de acordo com a verdade de o “um corpo”.
A
maioria dos Cristãos vai concordar com a verdade de o “um corpo”, mas, infelizmente eles veem isso meramente como uma
doutrina teológica que não tem ramificações práticas na vida de Cristãos em sua
eclesiologia. Isto, no entanto, é um erro. A Escritura indica que Deus deseja
que a verdade de o “um corpo” seja
praticada na maneira na qual os Cristãos se reúnem para adoração, ministério,
comunhão e intercomunhão com outras assembleias reunidas da mesma forma. Uma
assembleia reunida biblicamente, portanto, procurará expressar a unidade do
corpo de Cristo de maneira prática.
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