O Remanescente em Israel
No
caso de Israel, o grande desejo do Senhor era que todos os filhos de Israel
estivessem juntos em um lugar para oferecer seus sacrifícios e adoração. Ele
colocou lá “Seu Nome” e “Sua habitação”, e disse ao Seu povo, “e ali vireis” (Dt 12:1-16, 16:16). O
lugar, sabemos, era Jerusalém (1 Rs 8:1, 29, 9:3, 11:32, 14:21, 15:4; 2 Rs
21:4, 7; Sl 132:13-14). Este era o grande desejo do Senhor para todos os filhos
de Israel a quem Ele havia resgatado do Egito.
À medida que sua história se
desenrola na Terra, vemos que os filhos de Israel abandonaram o Senhor e
adoraram os deuses das nações pagãs. Isso é verdadeiro tanto para o rei quanto
para o povo (1 Rs 11:9-11, 33). Assim, a nação se corrompeu e fracassou em
manter um testemunho fiel do único Deus verdadeiro diante do mundo. Como
consequência, o Senhor afastou muitos do Seu povo (a massa) de estarem
conectados com Seu testemunho em Jerusalém. Ele fez com que dez das tribos de
Israel fossem levadas (1 Rs 11:29-36). Quando o rei Roboão tentou recuperá-las,
o Senhor interveio por meio de um profeta e disse-lhe que desistisse, porque
vinha “do Senhor” que as dez tribos
fossem levadas (1 Rs 12:15, 24). Foi uma ação governamental de Deus.
Como Israel se entregou à
adoração dos deuses dos pagãos, o Senhor não poderia mais associar-Se com eles
no poder e glória como fizera durante o reinado de Davi e Salomão. As nações em
torno de Israel teriam recebido um falso testemunho de Jeová. Os caminhos do
Senhor foram tais que Ele manteria Seu testemunho em Israel dali em diante por
um “resto (remanescente)” (1 Rs 12:23). Ele fez “uma tribo” permanecer e ser “a luz” diante d’Ele (1 Rs 11:13,
29-36, 12:20).
O povo sob o líder rebelde
(Jeroboão) foi levado à divisão. Subir à Jerusalém (o centro de Deus para
sacrifício e adoração) teve o efeito de unir as tribos de Israel (1 Rs 12:27).
Jeroboão estabeleceu outros lugares de adoração por invenção própria, para que
o povo se reunisse após ele em divisão (1 Rs 12:25-33). Assim, ele solidificou
a divisão em Israel, que permaneceu por toda a sua história. Isto foi “um grande pecado” (2 Rs 17:21), e não
será curado até depois da vinda do Senhor – Sua Aparição (Ez 37:15-28; Is
11:13).
Desse tempo em diante, Deus
escolheu ter apenas um testemunho remanescente em Israel. Naquele momento “Lo-Ami” (que significa “não Meu povo”) foi escrito sobre as dez
tribos (Os 1:9). Assim, Ele publicamente Se dissociou deles quando partiram de
Jerusalém. Ao longo da história das dez tribos encontramos que Deus não Se
identificaria publicamente com a posição
deles. Em mais de uma ocasião somos relembrados do solene fato de que “o Senhor não é com Israel [as dez
tribos]” (2 Cr 25:7). Ele não Se
identificaria com eles, porque fazendo isto, estaria sendo conivente com a
posição deles de separação (2 Cr 13:12; 2 Rs 17:20-21). Enquanto o Senhor não
Se identificou publicamente com a posição dividida deles, ainda assim agiu em
misericórdia em seu meio com profetas e manifestações do Seu poder em graça.
Profetas como Elias procuraram chamá-los para que retornassem ao Senhor em
Jerusalém, e alguns retornaram (2 Cr 11:13-17, 30:11). O Senhor ainda os amava
e cuidava deles, mas não podia Se identificar publicamente com a posição
dividida deles.
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